No universo urbano há uma gama infindável de sons acontecendo simultaneamente. São milhões de ruídos, melodias, barulhos e assim por diante. Se fosse possível eliminá-los um a um em busca de um pretenso silêncio, ainda assim haveria o zumbido.
Na música, inevitavelmente, ele também se faz presente. Tanto para aqueles que buscam um som límpido e cristalino, quanto para os que querem algo bruto e ruidoso.
O zumbido é um paradoxo. Um “acidente” inevitável, quase inaudível. Porém perene.
No universo musical também existem manifestações que são como zumbidos: sempre presentes, porém inaudíveis. São inaudíveis tanto no sentido de soarem insuportáveis, indigestas, quanto no sentido da difusão escassa dessas propostas musicais. A indústria cultural não tem interesse em difundir gêneros artísticos que requerem uma apreciação mais atenta e reflexiva. O conceito fast-food está em todos os setores da sociedade e a arte não está imune a isso.
O Zumbidor tem a proposta da difusão de alguns dos infinitos sons que estão além do formato musical convencional. Difundir a música que é imperceptível, pois é renegada.
O Zumbidor quer abrir os ouvidos para os sons que não são ouvidos.
2 comentários:
é bom que haja nesse mesmo universo, nesa infinidade de possibilidades de ruídos e sons, um local que se proponha a organizarem a abrir espaço para quem quer produzir zumbidos e idéias. Eu torço muito para a coisa tenha vida longa e que vc, caro galvão, brinque mais com as letras, porque o faz muito bem
abraço
Mui grato Marcelo!
Vida longa ao Zumbidor!
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